Post Originalmente publicado em 03/02/2014.
Ontem realizou-se na cidade de East Rutherford (próximo a New York) a 48ª edição do Super Bowl, a final do campeonato de futebol americano. O evento que, ano após ano, quebra recordes de audiência mundial e em arrecadação com publicidade.
Para que se tenha uma idéia, o canal Fox cobrou 4 milhões de dólares por cada inserção de 30 segundos nos intervalos, considerando que o jogo (mais o show do intervalo) durou 4 horas e só houve 1 hora de bola rolando, faça as contas e veja quão lucrativo é o evento. Mas essa não é a questão.
O jogo colocou frente a frente as duas melhores equipes durante toda a temporada: Seattle Seahawks, dona da melhor defesa, e Denver Broncos, melhor ataque da competição cujo responsável era o veterano Peyton Manning, quarterback que quebrou todos os recordes nessa temporada.
Ora, nós que estamos acostumados com nosso futebol, tendemos a torcer pelas equipes que buscam o ataque e não a defesa, e assim fui assistir ao jogo. Logo no começo, um erro de ataque do Denver deu dois pontos gratuitamente para Seattle e este foi o início de um grande massacre que consagraria o time de Paul Allen (proprietário do Seahawks e um dos fundadores da Microsoft) como campeão.
Mas o que me levou a escrever este post foram dois fatores. O primeiro foi a incrível falta de liderança de Peyton Manning (quarterback e líder do time) quando seu time saiu perdendo, em vez de incentivar seu time e cobrar mais atenção, ele simplesmente sumiu em campo.
Fico imaginando quantos líderes já não cometeram esse erro, quando tudo estava bem, sorrisos e abraços, mas quando as coisas dão errados, socorro!
Um time que simplesmente desistiu porque seu líder desistiu, e o que era possível se tornou impossível. Por isso a atitude, além da competência técnica, é fundamental.
Peyton Manning é um dos melhores jogadores de todos os tempos, mas como líder falhou pois não teve resiliência para suportar a pressão, seus comandados perceberam isso e naufragaram.
Fica a dica para todos nós líderes: Não importa quão ruim as coisas estão, nossa atitude determina se o resultado será melhor ou muito pior.
O outro fator foi o fenômeno nas redes sociais, especialmente o Twitter. Milhares, ou melhor milhões de brasileiro fizeram de uma emissora de esportes brasileira, Esporte Interativo, líder no trending topics de ontem à noite. Esse sucesso não foi à toa, tudo foi muito bem fundamentado:
A Esporte Interativo percebeu que o brasileiro esta cada vez mais interessado em futebol americano e comprou os direitos de transmissão;
Durante as transmissões, os narradores e comentaristas interagiam com os telespectadores, isso motiva as pessoas a ficarem mais engajadas.
Claro, eu poderia discorrer sobre toda uma estratégia, mas algo me chamou a atenção: a Esporte Interativo possui 8 milhões de fãs no Facebook, enquanto a Rede Globo possui 3 milhões.
Pense agora, como isso é possível? A resposta é simples e manjada: Foco e engajamento. A EI é um canal de esportes, é especialista no assunto e cobre a maior gama possível de eventos esportivos, ou seja, ela detém autoridade no assunto e isso é suficiente para que o público das redes sociais a reconheça como referência e começa a curtir sua página.
Enquanto isso na grande emissora, salvo engano, nunca vi um movimento de interação em massa com seu público nas redes sociais, o que percebo é que essa emissora solicitar que os internautas (como costuma chamar) entrem em seu site e participem do chat ou fórum. Em minha opinião isso é um erro estratégico, pois, atualmente, sua empresa tem que estar onde os clientes estão e não obrigar seus clientes ficarem onde você está.
Ora, o resultado é claro. A Esporte interativo possui quase o triplo de fãs no facebook. A Rede Globo deve, creio eu, gastar muito para manter uma plataforma social dentro do seu site, quando poderia investir muito menos (e lucrar muito mais) na redes sociais já estabelecidas. Fica a reflexão.
Por: Carlos Eduardo Rodrigues
carlos.rodrigues@lifetreemarketing.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário